terça-feira, 8 de novembro de 2011

Crônica Sobre Ontem (escrito em 15 de Julho de 2011)

          Um lugar desconhecido, cheio de pessoas desconhecidas, todos ali pelo mesmo motivo e, a maioria, não querendo estar lá. De repente, enquanto se olha em volta, um rosto conhecido aparece e tudo o que você quer é ir falar com essa pessoa para tirar um pouco da tensão do momento, mas não é possível, o silêncio é primordial. Algumas horas se passam, o conhecido é chamado e sai da sala, você continua lá, agoniado, falando consigo mesmo, torcendo para chamarem seu nome ao mesmo tempo em que você deseja que não chamem. O conhecido volta, mas você ainda não pode falar com ele. Mais alguns minutos e te chamam, você sai da sala, vai para uma área ao ar livre e, de lá, para outra sala, fazem perguntas nas quais você aparentemente não se encaixa, você é felizmente (ou infelizmente, no caso) saudável. Uma brecha aparece e você se aproveita. Te mudam de lugar. Alguns minutos ali, aparece um homem, pega os crachás de todo mundo que foi com você, você e seus “companheiros” voltam para a sala anterior. Agora você pode conversar com o conhecido, mas a conversa não dura muito, logo aparece um home que fala algumas coisas, da algumas ordens, todos repetem algumas palavras, fazem algumas promessas que não cumprirão, cantam um hino, recebem seus papeis de volta e são liberados, finalmente, com a ideia de liberdade mais reforçada do que nunca, livres para poderem fazer muitas coisas que não eram possíveis ou, pelo menos eram dificultadas, livres para poderem, sei lá, viver em paz, respirando calmamente, sem medo do que poderia acontecer com relação àquilo que foram libertados.

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Obrigado por acessar e ler o meu blog! Gabriel Rosa