sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Balanço Anual

          Em 2010, deixo a escola, o técnico, ideias, paixões, viagens e um avô.
          Em 2011 quero ideias novas, paixões novas, viagens novas, festas novas, tudo novo.
          Quero estudos, arte, alegrias, cursos.
          Não abandono por completo as ideias de 2010, não todas, algumas, apenas modifico.
          Em 2011, vou procurar realizar as coisas por mim mesmo, sem muita dependência.
          Vou, em 2011, me dedicar ao que me propor a fazer, para fazer direito.
          Em 2011 vou trabalhar, vou conseguir dinheiro para realizar meus sonhos que ele paga.
          Em 2011, peço o apoio e a proteção de todos os deuses, peço que me dêem força, sabedoria, alegrias e tudo mais.
          É isso que espero desse ano que chega daqui a algumas horas.

Gabriel Rosa

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Analisando um Show de Punk (escrito dia 11/12)

    Uma grande massa de pessoas vestindo preto, uma massa gritando o que um cara grita no palco simultaneamente, muito barulho, um som praticamente ensurdecedor que se torna impossível ouvir os próprios pensamentos. Solos de guitarra, uma japa no baixo, uma cara com cara de poucos amigos, um outro com nome de pasta de dentes, e outro com nome de urso australiano. O mais comum é o cara da bateria, que nem aparece, coitado. Agora todos batem palma dando um ritmo diferente pra música toda no palco. Tudo isso ao mesmo tempo que vários técnicos estão preocupados com câmeras, luz, som, correndo de um lado para o outro.
   Isso é um show de Punk Rock, um show de um DVD de despedida de uma banda, que vai deixar saudade em quem curte, o que não é meu caso, visto que eu nunca tinha ouvido falar nela. Enfim, esse é o show da Street Pitbull.

Os Fins

Acordamos correndo, comemos correndo, e esperamos as Horas passarem. Dessa vez foi demorado e não foi a nosso favor. O tédio e a falta do que fazer nos dominavam. Por fim saímos de nossa embarcação, fomos para outro meio de transporte, de onde vimos nuvens com uma brancura singular deitadas nas montanhas da serra. Chegamos a nosso ponto de despedida, de onde seriamos levados por familiares a para nossos respectivos lares. E foi de familiares que descobri que o patriarca fora levado para o reino de Hades durante minha manhã tediosa.

O Meio

          Enquanto Nix dominava o céu e a Lua de Ártemis brilhava linda e branca refletida no Oceano, todos festejavam, dançavam, bebiam...Muita gente, muita gente desconhecida, muita coisa pra fazer, muito o que conhecer e tempo de sobra. Senti-me em casa dentro d’água, nadando de um lado para o outro, tentando segurar a respiração o mais tempo possível, o que não foi muito tempo. Muita coisa acontecia ao mesmo tempo, na mesma loucura das ondas do mar, que nos chacoalhava e dava-nos uma impressão de embriaguez. Todos loucos e eu, sóbrio, assistindo às loucuras, servindo de apoio e assistindo às coisas que eu jamais havia pensado que assistiria, mas por fim das contas, dormi bem.
          Quando o Sol já brilhava, eu acordei, estávamos em um lugar desconhecido, longe de casa. As ondas já não eram problema, estávamos parados, e assim permanecemos todo o dia. A Noite nos trouxe a loucura novamente, mais música alta, bebidas embebedando as pessoas, e eu me mantive sóbrio. A Lua nos olhava novamente, linda, bela e redonda do alto céu imponente, de onde nos abençoava e de onde a Noite nos protegia. Eros acertou uma flecha em alguém, mas uma flecha com tempo de validade determinado por uma única noite, mas, mesmo assim, cheia de vontades não saciadas, mas forte o suficiente para que o atingido deixasse marcas nos lábios alheios.
          O mar e os Ventos estavam muito gentis conosco quando nós paramos novamente. A flecha já não tinha mais efeito, tanto que o atingido e o marcado mal se viram. Mas essa flechada não havia sido em uma única pessoa, e obteve mais sucesso em outros corpos de pessoas diferentes. O Tempo estava acabando, mas passou sem pressa, nos deixando curtir muito tudo o que acontecia com muita Alegria. A Noite dominava o céu, mas não dormíamos, não por falta de vontade nossa, mas por vontade de outros, que nos mantinham acordados. Quando finalmente essas pessoas se cansaram, Hipno nos presenteou com um sono profundo, porém, sem uma duração longa.

O Começo

Acordando cedo, se arrumando, saindo, encontrando amigos, alguns probleminhas rapidamente solucionados. A excitação de pré-viajem, nervos a flor da pele de tanta animação. A animação se transformando em irritação na fila enorme, cheia de gente, que também estavam perdendo a paciência, tudo por um erro logístico. A irritação se transformou em raiva e, para alguns, em desespero. A irritação entra em cena novamente, mas logo sai, afinal, entramos em um lugar que seguiria um caminho sem estradas pelo reino de Poseidon. De noite, a Lua nos iluminava de um lado, em meio a Noite escura, e do outro, o Dia indo embora com o Crepúsculo alaranjado. A combinação dessas duas situações criava uma paisagem belíssima, tocante, que nos fez esquecer a irritação e a falta de paciência.