terça-feira, 18 de setembro de 2012

One more dialogue


- Do you know why I like you?
- Why?
- ‘Cause you don’t scare me.
- What do you mean?
- With you I’m not afraid of the future, like something serious.
- Are you...
- No...I mean, not now but, if we feel that’s the right time, if you want, I won’t deny. I would some time ago, or if were another person...I don’t know why, I just like you.
- You love me?
- No. Not yet, but I’m not afraid of it and I won’t do nothing to stop this feeling, like I used to do.
A few seconds later, after a silence moment.
- Night!
- Good night…
The guy turns aside, covers himself and close his eyes to sleep one more night with his…partner.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Loucuras da minha cabeça.


                É comum as pessoas criarem expectativas em cima de coisas que ainda não aconteceram ou que estão para acontecer, mas eu acho que eu supero esse nível normal, eu crio histórias inteiras, com começo, meio, fim e pós.
                Ultimamente tem me vindo uma história baseada em duas pessoas se relacionando com uma mesma, uma sabendo da existência da outra, onde, em determinado momento, as duas se unem para pedir que a outra pessoa escolha entre uma delas. Me fiz claro?
                Pois bem, esta história não será contada completamente aqui, mas, pensa o nível de loucura da pessoa: uma dessas pessoas e conhecida e a outra não, em absoluto, e a história já tá toda criadinha na minha cabeça. Eu acho que a partir deste ponto da pra entender alguma coisa já, mas eu não vou falar mais nada com relação a essas pessoas porque se não... enfim, vamos parar por aqui.
                O que importa é que eu não sei lhe dar muito bem com isso, de criar histórias, porque elas nunca são como eu imagino, ou seja, vai tudo por agua abaixo.
                Com esse textinho mal escrito antes de dormir, eu fico pensando e criando novas histórias e formas de conta-las sem me entregar, como acabei de fazer.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A Morte


Acabo de me lembrar de como é a sensação da morte para aqueles que permanecem vivos. É algo estranho, uma indignação com o mundo, mas não pela morte em si, mas pelo resto do mundo continuar vivendo como se nada tivesse acontecido, porque na verdade não aconteceu mesmo, para todas as outras pessoas do mundo, as coisas continuam funcionando da mesma forma de sempre. Esse é o pior momento, diria que o pior dia das vidas das pessoas que perderam alguém querido.
Uma vez eu ouvi que não choramos o fato da pessoa ter morrido, a morte em si, mas a falta que nos fará e todos os momentos posteriores ao acontecimento que nós nos lembraremos e pensaremos que a pessoa que morreu estaria gostando, o que estaria dizendo e etc. Mas eu acho que este choro fica mais forte diante da indiferença do mundo perante nosso sentimento naquele momento. Mesmo que haja pessoas próximas que vão te abraçar, consolar e etc. você sabe que essas pessoas, quando chegarem em suas casas ou não estiverem mais sobre a sua presença, seguirão suas vidas normalmente.
Eu, particularmente, não sei o que dizer quando alguém próximo a mim recebe uma notícia como essa. Para falar a verdade, eu não sei o que fazer quando eu mesmo recebo essa notícia. É por isso que me reservo ao meu silêncio, porque eu sei que se eu resolver falar alguma coisa eu vou falar besteira e também porque, não importa o que eu diga, o que eu faça, nada vai mudar.
As Moiras cuidam dos nossos destinos, tecem nosso fio da vida e o cortam quando julgam que isso deve ser feito e elas fazem isso a milênios, nem s próprios deuses podem interferir em seu trabalho, até eles estão submissos às suas decisões.
Enfim, não sei mais o que posso dizer, não sei consolar ninguém, e foi por isso que eu escrevi este texto às 7h da manhã, quando uma notícia como essa chegou para alguém próximo a mim, e eu sei que essa sensação de impotência é dilatada pelos continentes.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Beijo:


“Eu sei que a imagem pode parecer estranha, mas imaginei isso e é daí que vem o texto que segue.”

Um beijo é mais do que dois lábios se tocando. Quando as pessoas se beijam, é como se um tocasse as palavras que o outro falou durante toda sua vida. Os lábios são como páginas de um livro curto, porém denso, cheio de histórias de vários tipos, de palavras cheias de emoção e significado. Mesmo as palavras repetidas não são as mesmas, pois para cada uma existe não apenas uma entonação diferente, mas também as situações em que foram ditas são diferentes, ou não, logo, trazem significados diferentes.
Desta forma, é como se um beijo fosse um diálogo mudo, “un dialogue de sourd”, como diz uma música, onde as pessoas envolvidas se entendem, não apenas por compartilharem de um sentimento que existe, e que não necessariamente seja amor ou paixão ou coisa do tipo, mas por estarem trocando experiências acumuladas durante toda uma vida. Talvez seja por isso que o primeiro beijo seja tão importante e significativo para as pessoas na maioria das vezes.
A imagem é estranha, mas quando os lábios se tocam, é como se as páginas de dois livros distintos se intercalassem e trocassem seu conteúdo. Obviamente, beijar um livro não surte o mesmo efeito, porque, por mais que quando escritas exista uma intensão, as palavras de um livro estão estáticas, não tem uma história, um sentimento próprio e etc. Não é uma questão somente de entonação, as palavras trazem consigo histórias, sensações e sentimentos únicos durante um beijo. Uma palavra pode ter um significado diferente para cada pessoas, por isso nunca se repetem, e é isso que transforma os beijos singulares, mesmo que em uma mesma pessoa, as histórias são sempre diferentes, nunca tem fim, nunca são as mesmas.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Na Festa

A Festa


                Era uma festa de aniversário em uma balada. Gente desconhecida, uma companhia. Para chegar ao local, tiveram ajuda de um desconhecido, pararam eu um posto de gasolina, a garota comprou um maço de cigarros e uma lata de cerveja e foram para a festa. Dos convidados, só ela foi. Ela fumava, conversaram, entraram.  A festa ainda estava vazia, haviam dois conhecidos, mas quase não se esbarraram. Logo a festa encheu, apareceu um conhecido, mas nada muito especial. Foram para o fumódromo, conversaram, ela estava alterada já. Depois desceram para a pista e dançaram muito, muito tempo.
As pessoas interessantes foram aparecendo, um rapaz dançava com um copo na mão. Ele se aproximava, não parava de dançar, chegou bem perto, olhos nos olhos, as testas se encostaram, os narizes se tocaram e os lábios, enfim, se encontraram.  Se beijaram longamente, a música tocava e eles se curtiam, fora do ritmo do que tocava na pista. Mãos dadas, se olhavam nos olhos de vez em quanto, se abraçavam, voltavam a se beijar, dançavam lentamente enquanto a música agitava as outras pessoas no ambiente. Eles se analisavam, sorriam, quase sem trocar palavras. Descobriram seus nomes, o que faziam, e voltaram a ficar em silêncio.
                Depois de algum tempo, saíram do meio da muvuca e foram para fora da festa, sentaram, depois um se encostou na parede e o outro se deitou entre suas perna, e ficaram ali, curtindo aquilo. A noite ainda reinava no céu. O rapaz encostado na parede caia no sono de vez em quando. O outro parou para olhar para o rapaz, para fazer uma analise e notou que ele não era aquele “tipo” que ele procurava, não era sarado, não tinha braços fortes, não era nada daquilo que ele sempre “procurou” mas era muito agradável, simpático, sensível, o tipo de pessoa que não é para uma só noite. De vez em quando ele acordava, falava algumas coisas sem sentido.
                Uma bela hora, ele acordou de fato, olhava apara a face do outro, olhava de outro angulo e dizia “você é muito bonito”, e ele respondia “ você também”, o que era verdade, o primeiro balançava a cabeça em negação e dizia “ você é lindo”. Aquelas palavras não eram para agradar, eram sinceras. De repente ele olhou espantado para aquele “lindo rapaz” e disse com ar de perdido “o que eu faço com você?” “como assim?” “o que eu faço com você, lindo desse jeito?” o garoto não sabia o que fazer a não ser sorrir.
                No fim daquilo, ele teve que ir embora, trocaram telefone, contato e se despediram longamente.
                O garoto voltou para dentro da festa para procurar sua amiga que estava dançando com um desconhecido que o agarrou e lhe deu um beijo, que quebrou todo o clima que ele estava.
                O garoto foi embora com a amiga, andaram muito, dormiram no ônibus e chegaram bem em casa. E ficou no ar de “o que será daqui para frente”...